quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Meus materiais de desenho, considerações 2019

Assim como fiz um update nos meus dois cents sobre a caneta desegraph, achei justo e por bem de escrever um parecer mais ou menos detalhado sobre meus outros materiais de desenho.

Ao longo dos anos fui mudando meus métodos de desenho e arte-final, o que também mudou meus materiais. Não há nada espetacular, excessivamente caro ou difícil de encontrar, ou que você não possa viver sem.

Para este post foram excluídos os materiais de cor (aquarela, pastéis, lápis de cor, etc) e mantive o foco somente nos materiais de desenho e arte-final que estão na ativa comigo neste ano de 2019.

Até agora não acredito que eu consegui tirar uma foto tão boa!


Lápis e lapiseiras



Apesar de não aparecer na foto, também uso um lápis 2B e um 6B, que são basiquinhos e não acrescentam muita coisa, além destas lapiseiras que estão na ativa:

1. Lapiseira 05 da Faber Castell - Não dou muita sorte com lapiseiras 05, elas costumam ter destinos trágicos quando estão comigo (como eu comentei com a TatiMilkyWay no Instagram) mas esta até que está durando. Estranho que no começo ela era um LIXO, e depois de uns meses resolveu começar a prestar. O mistério permanece...

2. Lapiseira 05, Jocar - Nada espetacular, barata e funciona bem para um genérico que imita o visual da Pentel. Esta da foto está marcada com uma fitinha porque está carregada com grafite azul.

3. Lapiseira 07, CIS - Menos infame do que a Jocar. Esta roxinha aparece sempre nas fotos do meu Instagram. Foi barata, funciona muito bem e está sobrevivendo, o que já é uma grande virtude.

4. Lapiseira 09, Pentel - Minha única Pentel verdadeira. Não sei como ela veio parar comigo, pois eu não lembro de ter comprado! É a minha mais antiga, atualmente, e minha favorita para desenho técnico.

5. Lapiseira 2.0, CIS - Utiliza as cargas mais grossas (agora está com grafite azul). Foi barata, existe em diversas cores, tem um apontador de grafite embutido na tampa traseira, é leve de manusear e se digamos... morrer de repente, eu não vou ficar triste.

6. Lapiseira 2.0, sem marca - Outra que não lembro como veio parar aqui. Está funcionando com grafite comum.

Observação: vocês devem ter notado que a maioria das minhas lapiseiras não tem o clipe/grampinho de metal que vem nelas. Pois é. Eu tiro o clipe das minhas lapiseiras pois minha mão é muito grande (sério, não estou brincando), e aquela parte me atrapalha.

Eu poderia resumir ainda mais, já que não uso tudo de uma vez, porém essa de usar grafite azul em algumas partes do trabalho me fez preferir manter mais de uma lapiseira de um mesmo tipo (como ocorre com a 05) para não ficar colocando e tirando grafite dela.

Arte-final

Parece que é muita bagulhada, mas na prática não uso tanto.

Também estou tentando simplificar isso, e ter substituído a maioria das canetas descartáveis por recarregáveis foi um grande passo!

7. Canetas Desegraph - Estas vocês já conhecem. Apareceram no post sobre esse tipo de caneta!

8. Nanquim Escolar Acrilex - Este eu uso para várias coisas, uma delas é substituir a aquarela preta em algumas pinturas. Também faço áreas em preto com ela nos desenhos, e utilizo a Nanquim Acrilex com bico-de-pena e/ou pincel. É barata e funciona, não é a melhor do mundo, mas acredite quando eu digo que ruim com ela, pior sem ela.

9. Nanquim Profissional Trident - Este é específico para carregar as canetas Desegraph, e não o utilizo para outros fins.

10. Corretivo de caneta - De vez em quando ajuda. Qualquer marca serve, eu sempre peço o mais barato da loja. Uma sugestão: teste o corretivo encobrindo o traço das canetas que você utiliza, pois estes de base aquosa podem não cobrir alguns tipos de tinta, ou infiltrar com o tempo e/ou umidade. Uso raramente.

11. Caneta brush - Importada. A ponta imita pincel, o que é bem útil em alguns efeitos, e esta da foto é parte de um trio de diferentes espessuras. É uma descartável, porém tem bom rendimento. Uso raramente.

12. Caneta Faber Castell Fine Pen - Descartável da Faber, tem ponta equivalente a 05, e traço muito bom, embora a tinta não seja resistente a água. Esta foi a última descartável que eu comprei, e ainda está resistindo aqui. Uso raramente.

13. Caneta tinteiro - Outra famosinha do meu Instagram. Esta amarela é a minha favorita, e falei bastante sobre canetas-tinteiro em posts anteriores. Uso muito! (neste post e na continuação dele)

14. Caneta gel - Mais genérica do que nunca! Se antes eu usava qualquer coisa que encontrasse nas lojas, agora desci mais baixo ainda. Esta aqui eu comprei uma 'carcaça' (o corpo da caneta) e os tubinhos de carga de caneta gel preta. É muito boa para detalhes, e para aqueles desenhos feitos na doida, no sketchbook, e que não valem a pena usar material melhor. Preciso usar mais, aliás!

15. Bicos de pena - Ainda uso em algumas artes, porém cada vez mais raramente! Não vou dizer que está caindo em desuso, e sim que o uso dele pede mais tempo para obter um resultado satisfatório! Eu gosto de usar com nanquim colorido (da Acrilex, lógico).

Olhando esta lista de materiais de arte-final, digo com tranquilidade que alguns destes itens vão sair com o tempo. Não quer dizer que outros não poderão entrar no lugar destes - como acontece com a caneta-tinteiro, que é fato recente. O material acompanha as necessidades do trabalho, assim não vejo porque ficar preso a um item ou marca.

Acessórios


Aqui também tem treco demais!

Aqueles itens que são parte da rotina! Você pode viver sem? Pode. Depende muito do seu jeito e da sua experiência. Para mim funciona assim:

A. A borrachinha que vem na canetinha! Eu não sei como chamar esse objeto, mas é bem útil para apagar detalhes. Uso muito raramente.

B. Esfuminho. Serve para sombrear, esfumaçar e/ou amenizar o traçado do lápis. Este da foto está bem gasto, por isso está em um extensor de lápis.

C. Extensor de lápis. Usou o lápis até ficar curto demais? Para isso existe o extensor, para encaixar o toco de lápis e usá-lo até o fim. Funciona com lápis de cor e até lápis de maquiagem. Extremamente útil.

D. Borrachas. Na foto você vê as clássicas verde e branca. Nenhum segredo aqui. O detalhe é que alguns papéis e alguns lápis apagam melhor com uma do que com a outra, portanto é preciso testar e ter ambas por perto em caso de necessidade. Ainda bem que não é caro!!

E. Apontador comum. Por que eu coloquei isso na foto? Eu não uso!

F. Apontador de grafite. Isso existe e é mais barato pedir importado do que comprar dentro do Brasil (onde o preço de um item tão bobo chega a ser abusivo). Funciona para apontar grafite 2.0.

G. Estilete. Não vivo sem ele. Serve para cortar papel, apontar lápis (funciona melhor do que apontador tradicional), etc etc.

H. Régua. Eu costumo ter um esquadro pequeno e uma régua de 20 cm por perto. Há outras, mas vocês entendem o que eu quero dizer. Cada desenhista tem o que precisa, então este tópico é subjetivo.

Ufa! Estes são os materiais habituais que tenho utilizado. Mais uma vez lembrando que eu não uso tudo ao mesmo tempo, e deixo por perto apenas o que estou utilizando - vocês podem notar isso na foto do início deste post, com uma marca-texto, três lapiseiras e um esquadro no copo de canetas que há na minha mesa, enquanto trabalho em páginas de quadrinhos.

Lembrando também que não faz sentido ficar guardando uma lapiseira que não funciona mais, ou um punhado de canetas secas ou de ponta estragada. Materiais tem um tempo de vida útil! Alguns materiais eu parei de usar e passei adiante (não servia mais para mim, mas para outra pessoa bem que poderia!). Abrir uma gaveta ou um estojo e ver uma infinidade de canetas e lápis é maravilhoso, é uma visão do paraíso, mas o excesso também pode atrapalhar!

E como eu sempre digo, cada desenhista encontra o material que encaixa melhor no que ele faz, como faz e para o que faz. Com estes anos de trabalho, eu já me localizei no que estou confortável, e sei o acabamento que estou buscando - e quais métodos eu ainda quero testar!

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